terça-feira, 8 de maio de 2012

THAÍS MACEDO(direto do Rio de Janeiro) e Coisa Nossa no Bar do Calaf - SEXTA FEIRA 11/05

Sexta Feira 11/05

THAÍS MACEDO
A nova revelação do samba carioca
direto do Rio de Janeiro

e Grupo Coisa Nossa
Bar do Calaf a partir das 22h



Thais Macedo (por Nei Lopes)

Dizem as más línguas que a maior parte das canções praieiras de Dorival Caymmi foi composta diante do ma r de Rio das Ostras, município fluminense a 170 km da Capital. De fato, o grande compositor baiano curtiu lá sua casa de praia. Mas isto foi a partir dos anos 70, quando sua "jangada" que "voltou só" da "pescaria"; e sua idéia de que "é doce morrer no mar" já tinham perto de vinte anos. De qualquer forma, o dengo e o talento do saudoso Dorival parecem ter ficado um pouquinho por lá. Para ecoar agora, lindamente, neste CD da bela Thaís Macedo, negra da "cor de canela" como a "Gabriela" do romance e da canção.

Comecemos por informar que Thaís nasceu em 1989 em Macaé, RJ, e passou a infância em Conceição de Macabu. Filha de músico da noite e sobrinha de cantora, o ambiente musical em que nasceu, além da herança genética, a envolveu desde cedo. Daí, ainda na primeira infância, a participação no coral da escola e as pequenas apresentações em festas da associação do seu bairro, foram conseqüências naturais. Depois, no final dos anos 90, já em Rio das Ostras, os estudos de música na Escola da Fundação, e as premiações como melhor intérprete em festivais, completaram um ciclo.

A partir de 2006 veio o inevitável e imprescindível aprendizado na noite, principalmente no restaurante Casa da Praia, onde o samba morava e ainda mora. Lá, em canjas inesquecíveis, veio o contato com artistas do calibre de Monarco e Luiz Carlos da Vila, por exemplo, e a afeição por um tipo de repertório marcado pelo refinamento melódico e poético. Até que, numa de suas vindas à Cidade Maravilhosa, preparando-se para o ingresso na Universidade, as sete cordas de um violão virtuoso cruzaram maravilhosamente o seu caminho.

Carlos Eduardo Morais dos Santos, o "Carlinhos Sete Cordas" é, no Brasil, um dos maiores músicos de sua geração. Criado na Vila Isabel de Noel Rosa, revelou-se nos anos 80, e logo se tornou um dos artistas mais requisitados para gravações e acompanhamento de intérpretes, principalmente os dos gêneros samba e choro. Mas chegou também junto ao jazz em gravações lançadas nos EUA e na Inglaterra.

Do encontro e da amizade de Thaís com esse músico referencial, que agora estréia como produtor artístico, nasceu "O dengo que a nega tem". Para o qual Carlinhos tinha à mão, omo companheiros de ofício, os melhores músicos-sambistas dos estúdios cariocas na atualidade, o que pode ser comprovado comparando-se a ficha técnica com a dos discos de Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz etc. E a seleção dos compositores – dos renomados Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz, Roque Ferreira, Tuninho Nascimento, Zé Luiz do Império etc. , aos de menor "quilometragem" – não foi menos feliz.


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